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SGB lança projeto voltado para a descoberta de minerais críticos



O Serviço Geológico do Brasil (SGB) anunciou um novo trabalho com o objetivo de inserir técnicas não convencionais e contribuir com atualizações dos modelos geodinâmicos do Cráton Amazônico e a geração de alvos exploratórios para metais críticos da transição energética no Brasil.


O Projeto Geodinâmica e Prospectividade para Minerais Críticos, conduzido pelo Centro de Geociências Aplicadas (CGA), usa Inversão Magnética 3D e Machine Learning para explorar cobre e lítio em Alta Floresta (MT), Tapajós (PA) e Araçuaí (MG). Serão apresentadas mensalmente cerca de oito folhas em escala 1/100.000 com reprocessamento de levantamento aeromagnético, utilizando linhas de espaçamento de 500 m divulgadas pela SGB.


O diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, destacou que a transição energética enfrenta desafios devido à alta demanda por minerais críticos, como cobre e lítio.


“O SGB já produz e disponibiliza informações para novas descobertas. O projeto apresentado hoje seguirá essa linha, reprocessando dados aeromagnéticos já disponíveis”, explicou Melo.


Ele acrescentou que o reprocessamento utilizará técnicas avançadas, como machine learning e representação gráfica 3D. “Este produto permitirá que pequenos e médios mineradores gerem alvos prospectivos, com publicações mensais para um planejamento mais organizado”, ressaltou.

 

Características do projeto

A ação será financiada pela RCI (ressarcimento de custos indiretos) de projetos de P, D&I desenvolvidos pela CGA em parceria com a Petrobras. O projeto disponibilizará, para pequenos e médios mineradores, na primeira semana de cada mês durante 9 meses, diversos produtos gerados pelo reprocessamento dos dados do aerolevantamento do SGB, que cobrem o cristalino brasileiro.


Segundo o coordenador do CGA, Noevaldo Teixeira, todo o trabalho será apresentado em Voxel 3D para Susceptibilidade, pelo processo de MVI (Magnetic Vector Inversion) e da técnica de SOM (Self-Organizing Map). 


As empresas poderão reprocessar esses dados com mais detalhes, usando técnicas empregadas por geofísicos de mineradoras em diversos países, no processamento de dados de aerolevantamentos magnéticos, com sucesso comprovado nos últimos dez anos.


Os dados apresentados nas folhas oferecem uma representação gráfica de que os mineradores podem obter, com diferentes níveis de detalhe:


  • Profundidades variadas de paisagens horizontais (fatias de profundidade), geradas conforme a topografia ou cota preferida pela mineradora.

  • Seções verticais em qualquer azimute, integráveis ​​com furos de sondagem e resultados de análises geoquímicas dos testemunhos.


Para Teixeira, a integração dos dados geofísicos com as demais informações obtidas pelas mineradoras poderá gerar novos alvos prospectivos para dois dos mais críticos metais para a transição energética: cobre e lítio.

 

Os três módulos do projeto são:


·        Geoquímica isotópica;

·        Geofísica;

·        Orógenos comparativos.

 

Pontos a serem destacados:


Reprocessamento do Aerolevantamento Magnético do SGB:

  • Espaçamento de linhas de voo de 500 m;

  • Reprocessado por conversão 3D e Machine Learning;

  • Escala 1/100.000.

 

Disponibilização dos Dados:

  • Média de 8 folhas de dados brutos disponibilizadas gratuitamente;

  • Primeira semana de cada mês nos próximos 9 meses;

  • Primeiras áreas: Alta Floresta, Tapajós e Vale do Jequitinhonha.

 

Modelos 3D de Suscetibilidade Magnética (MVI):

  • Consideração de efeitos de magnetização da rocha: remanência, desmagnetização, baixa latitude;

  • Proporciona modelo geológico mais realista e eficaz para entender a malha estrutural 3D da região.

 

Utilização de aprendizado de máquina:

  • Mapeamento de diferentes eventos de magnetização;

  • Baseado em modelos de Vetor de Magnetização;

  • Redução de incertezas e discriminação precisa de anomalias.

 

Benefícios da Técnica:

  • Excelente para cruzar informações de superfície e subsuperfície

  • Indica áreas potenciais de acumulação de minerais

 

Cobertura de Dados:

  • Isotópico (Lu/Hf);

  • Elementos-traços (Fertilidade);

  • Geocronologia por zircão;

  • Área de aproximadamente 400 mil km²;

  • Correlação de idades de mineralizações com eventos magnéticos e retrabalhamento de crosta preexistente.

 

Modelo Geodinâmico:

  • Construído com base em condições de P/T do metamorfismo;

  • Fonte do magmatismo;

  • Arcabouço estrutural.

 

 

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