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Brasil deve encerrar o ano com crescimento de 5,5% na produção de aço



Segundo projeções para 2024 baseadas em dados consolidados até novembro, o Instituto Aço Brasil estima que a produção nacional de aço alcance 33,8 milhões de toneladas, representando um crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior. As vendas no mercado interno também devem registrar alta significativa, chegando a 21,2 milhões de toneladas, um avanço de 8,4% impulsionado pelo crescimento econômico acima das expectativas. Apesar desse cenário otimista, o setor ainda enfrenta desafios, como os impactos da escalada das importações, iniciada em 2023, que seguem pressionando a competitividade da indústria nacional.


As exportações terão uma queda de 15,2%, enquanto as importações deverão crescer 24%, alcançando 6,2 milhões de toneladas. Destas, as importações de laminados terão um aumento de 15%, totalizando 5,1 milhões de toneladas. Em comparação com a média registrada entre 2020 e 2022, o ingresso de laminados no país crescerá expressivos 66%.


No caso dos nove itens classificados nas Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) que integram o mecanismo de cota-tarifa implementado pelo governo entre junho e novembro, o volume importado manteve-se estável em relação ao mesmo período de 2023, com variação de apenas 0,1%, ou 1,256 milhão de toneladas.


Grande parte do aço que entra no mercado brasileiro é proveniente da China, país que mantém uma política estatal de exportar o excedente de sua produção. Essa estratégia tem sido favorecida pela facilidade de acesso a mercados com defesas comerciais menos robustas. Um exemplo disso é a bobina quente, cujos preços praticados pelos chineses permaneceram com margens negativas na maior parte do ano.


“O mecanismo cota-tarifa, adotado pelo governo em junho, foi importante para travar a escalada das importações, mas não foi suficiente para reduzi-las. Pedimos a aplicação de mecanismos de defesa para mais quatro NCMs e seguimos monitorando os números”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.

Sérgio Leite, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e vice-presidente de Assuntos Estratégicos da Usiminas, destaca que a conjuntura econômica favoreceu o crescimento da produção e das vendas. No entanto, ele alerta que ainda persistem incertezas e preocupações tanto no cenário macroeconômico quanto no mercado de aço, evidenciadas pela resistência das importações em apresentar queda significativa.


“Além disso, a mudança de governo nos Estados Unidos pode acentuar a dinâmica das importações em direção aos países menos protegidos. Por esse motivo, a indústria brasileira do aço segue atenta e ativa com sua agenda em prol da recuperação da competitividade sistêmica do país e das defesas comerciais”.


Para 2025, o Instituto Aço Brasil projeta uma leve retração de 0,6% na produção, totalizando 33,6 milhões de toneladas. As vendas internas devem apresentar uma queda de 0,8%, chegando a 21 milhões de toneladas, enquanto as exportações estão previstas para crescer 2,2%, alcançando 2,3 milhões de toneladas. Por outro lado, as importações de laminados deverão registrar um aumento significativo de 11,5%, totalizando 5,6 milhões de toneladas. No mesmo período, o consumo aparente deverá crescer 1,5%, atingindo 26,7 milhões de toneladas.


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